Produz diversos tipos de aço, sendo uma das indústrias do setor mais recentes do Brasil e do mundo. Tem capacidade instalada de 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano atualmente, com potencial de expansão e diversificação de produtividade, além de fazer parte dos planos de desenvolvimento de novas tecnologias ambientais do Grupo ArcelorMittal, como o hidrogênio verde.
A unidade tem área construída de 5,71 milhões de metros quadrados e está instalada na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE). Integra o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), próximo ao Porto do Pecém. Esses são alguns fatores que contribuem para a competitividade no mercado nacional e internacional.
A ArcelorMittal Pecém é certificada para a produção de aços de alto valor agregado (HAV), atendendo à indústria naval, de óleo & gás, automotiva e construção civil.
Gera mais de 20 mil empregos - entre diretos e indiretos - e desenvolve ações de responsabilidade social e desenvolvimento regional, como obras de infraestrutura e incentivo ao empreendedorismo local.
A unidade iniciou a produção de placas de aço em junho de 2016, tendo investido, desde o início, em tecnologias ambientais em busca dos melhores índices de reuso da água; reaproveitamento de resíduos sólido e aplicação da economia circular em coprodutos. Outras iniciativas ambientais são o cinturão verde e a produção de energia própria, a partir de gases do processo de produção de aço, o que lhe confere autossuficiência em energia elétrica, com a venda do excedente ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
ArcelorMittal Pecém em números:
- 100% reaproveitamento dos gases siderúrgicos para geração de energia limpa;
- 99% reaproveitamento dos resíduos sólidos do processo de produção de aço;
- 98,5% de taxa de recirculação de água;
- 550 tipos de aço ao carbono;
- 222 tipos de aço de alto valor agregado (HAV);
- R$ 3M aplicados no reflorestamento de 4,12 milhões de metros quadrados com mais de 300 mil arvores nativas plantadas;
- R$ 1B investidos em equipamentos de controle e monitoramento ambiental.
A ArcelorMittal Pecém alinha-se aos valores do Grupo ArcelorMittal, entre eles a Sustentabilidade. Uma planta operacional começa a ser ambientalmente segura quando a operação é eficiente.
A produtora de aço conta com 55 sistemas de controle de emissões atmosféricas para preservar o meio ambiente e garantir eficiência para controle de emissões. Somado a isso tudo, é realizado o monitoramento 24 horas por dia, 365 dias por ano e constante treinamento dos operadores, que fazem estes resultados serem concretos. São seis estações de monitoramento de qualidade do ar instaladas pela produtora de aço. Esse monitoramento complementa os mais de 40 mil dados gerados por ano pela ArcelorMittal Pecém sobre as condições de seus processos industriais, da eficiência dos equipamentos de controle ambiental e do respeito aos padrões legais.
Com a termelétrica a gás, 100% dos gases produzidos no processo de produção de aço são transformados em energia elétrica. Ou seja, os gases produzidos na fabricação de coque, ferro-gusa e do próprio aço são consumidos nas caldeiras da termelétrica, transformando a água em vapor que aciona os turbogeradores da termelétrica da ArcelorMittal Pecém.
A produtora de aço adota processos e equipamentos de última geração para que os resíduos sólidos gerados tenham gestão e destinação adequada. Como resultado, a empresa consegue o reaproveitamento de 99% dos resíduos sólidos gerados. Conta com solução para tratamento de coprodutos (materiais gerados na produção que não são aço ou energia, mas têm valor agregado) únicos no Brasil, como o BSSF – Baosteel's Slag Short Flow, que granula a escória de aciaria e abre novas aplicações para o material.
A ArcelorMittal Pecém é uma das únicas produtoras de aço do Brasil a limpar os gases de Aciaria a seco, ou seja, sem a utilização de água. A Aciaria gera um gás, durante o sopro de oxigênio no convertedor, chamado LDG. Esse gás é captado durante o processo, passa por um sistema de lavagem a seco, efetuando seu resfriamento e limpeza. Após o tratamento desse gás, ele é utilizado para geração de energia. O sistema de limpeza a seco do gás promove redução do consumo de água e elimina a geração de lama de Aciaria.
Fauna e Flora
Em sintonia com o seu posicionamento sustentável, a empresa recuperou 2,06 milhões de metros quadrados da Estação Ecológica do Pecém, 1,91 milhões de metros quadrados da área interna da empresa e mais 150 mil metros quadrados da Lagoa do Bolso, totalizando 4,12 milhões de metros quadrados de reflorestados com o plantio de 320 mil mudas. A área total recuperada equivale a 412 campos de futebol.
Além disso, a unidade Pecém instalou um Banco de Sementes, também conhecido como Banco de Germoplasma, no Parque Botânico do Estado do Ceará, em abril de 2013. O equipamento é estratégico para a realização de pesquisas para a conservação de espécies nativas, o que potencializa a produção de mudas certificadas que podem ser utilizadas em programas de reflorestamento.
Outra ação executada foi a instalação de uma xiloteca. Numa iniciativa para a valorização da flora cearense, foram separadas amostras de discos de madeira da região, durante o processo de supressão vegetal no terreno da usina. Das 360 amostras, 90 foram catalogadas e passaram a formar uma coleção botânica com dinâmica semelhante a um herbário, contendo informações como coletor, procedência e descrição.
O balanço final aponta 89 espécies da fauna identificadas na região. Hoje, a Estação Ecológica do Pecém, por exemplo, é uma área protegida aberta à visitação por escolas, universidades e comunidade em geral.
A ArcelorMittal Pecém produz um portfólio completo de placas de aço, com um mix voltado para atender a todas as necessidades dos mais diversos tipos de indústrias, desde a construção naval até a produção de plataformas de petróleo e torres eólicas. Conheça os nossos principais produtos.
Placas de aço de médio carbono
As placas de aços de médio carbono contêm até 0,34% de carbono e possuem maior resistência e dureza se comparado aos aços de baixo carbono. São utilizados para usos estruturais gerais na construção civil, indústria automotiva e indústria de bens de capital. Também se destinam a componentes de média resistência para a construção naval.
Placas de aço de baixo carbono
São placas que possuem entre 0,02% e 0,08% de carbono. Apresentam baixa resistência mecânica, dureza, alta flexibilidade, tenacidade e boa soldabilidade. Entre as suas aplicações estão peças automotivas diversas, perfis e tubos estruturais, construção civil e latas de folhas-de-flandres.
Placas de aço de ultrabaixo carbono
São placas com teor de carbono abaixo de 0,0090%. Apresentam excelente plasticidade e, por isso, se destinam à fabricação de peças submetidas a conformação e estampagem extra profunda, com design arrojado e complexo. São utilizadas extensamente nas indústrias automotiva e de eletrodomésticos da chamada “linha branca” (geladeira, fogão, microondas e freezer, por exemplo).
Aço HSLA (aço de alta resistência e baixa liga)
Têm microadições de elementos de liga como o nióbio, titânio e vanádio e passa por tratamentos termomecânicos. Como resultado, é mais resistente do que o aço de carbono convencional. Outras características são a flexibilidade, boa conformabilidade e soldabilidade. Por isso, se destina principalmente à construção naval, de plataformas de petróleo, civil e de silos; torres de energia eólica e de transmissão de energia; equipamentos de mineração; longarinas de veículos e indústria de bens de capital.
Aço API
É um tipo de aço especificado pelo American Petroleum Institute (API), associação das indústrias de petróleo e gás natural responsável por criar normas e procedimentos para as indústrias de petróleo. Para receber a classificação de API, o aço deve seguir especificações rígidas, como limite de escoamento, limite de resistência, tenacidade a baixa temperatura, sanidade interna e composição química com baixa dispersão de resultados e baixos níveis de residuais deletérios, como enxofre, fósforo, hidrogênio e nitrogênio. As aplicações típicas são tubulações e tanques na indústria de petróleo e plataformas marítimas (fixas e flutuantes).
Aço hipoperitético
São aços com carbono na faixa de 0,08% a 0,13%, que se destacam em função dos cuidados especiais adotados no lingotamento (processo de solidificação) para se evitar defeitos superficiais. São destinados a usos estruturais gerais na construção civil, indústria automotiva, indústria de bens de capital e componentes navais de média resistência.
A operação de uma produtora de aço integrada como a ArcelorMittal Pecém gera uma série de coprodutos, com alto valor tanto para o consumo interno da usina, quanto para a venda a outras empresas como matérias-primas.
Alinhada com a sua visão estratégica de negócio, a ArcelorMittal Pecém adota processos e equipamentos de última geração para que esses coprodutos tenham uma gestão e destinação adequada, com o menor impacto ambiental possível. Como resultado, a empresa consegue o reaproveitamento, por exemplo, de 99,3% dos resíduos sólidos gerados, índice superior à média do setor siderúrgico no Brasil, que é de 95%.
Gases siderúrgicos
A ArcelorMittal Pecém tem sistemas para aproveitamento de 100% dos gases gerados nos processos de produção. Os principais são o gás de Coqueria ou coke oven gas (COG), gás de Alto-forno ou blast furnace gas (BFG) e o gás de Aciaria ou linz donawitz gas (LDG). Esses insumos são tratados (remoção de impurezas e substâncias indesejadas), armazenados e distribuídos por uma rede de tubulações, equipada com sistemas de controle de pressão.
Parte desses coprodutos é destinada à geração de eletricidade. A ArcelorMittal Pecém, que tem um consumo de 200 MW/h, é autossuficiente em energia elétrica graças a uma termelétrica própria. A térmica tem capacidade de 218 MW/h, superior portanto à demanda da usina e capaz de atender a uma cidade com 150 mil habitantes. O excedente de eletricidade é comercializado no mercado livre de energia.
Como esses gases têm elevado potencial de calor, também são usados como combustível nas áreas de produção.
Com isso, a empresa contribui para a redução na emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa, conhecido como aquecimento global.
Escórias de Aciaria e Alto-Forno
O uso de novas tecnologias e equipamentos de última geração é um dos grandes diferenciais da ArcelorMittal Pecém, incluindo a adoção do Baosteel Slag Short Flow (BSSF), processo inédito no Brasil. Neste processo, a escória líquida de Aciaria é basculada num tambor rotativo, onde ocorre o resfriamento com jatos de água, com consequente granulação, seguida de separação magnética. O processo é limpo, rápido, seguro e gera uma escória de qualidade superior à obtida de forma tradicional. Com isso, é possível agregar valor ao material e destiná-lo – assim como as escórias de Alto-forno – às indústrias cimenteiras.
Um dado importante é que, para cada tonelada de ferro-gusa produzido, são gerados, em média, 300 quilos de escória de Alto-forno. E, para cada tonelada de aço líquido processado, são gerados 100 a 150 quilos de escória de Aciaria.
Saiba mais sobre os principais coprodutos do processo siderúrgico:
Agregados siderúrgicos
São gerados a partir do resfriamento das escórias de Alto-Forno (não granuladas) e de aciaria (de dessulfuração, convertedor, panelas e distribuidor). São comercializados pela ArcelorMittal Pecém como matéria-prima para a produção de cimento.
Argilas siderúrgicas
Comumente conhecidas como "lama de Alto-Forno", são materiais gerados a partir da lavagem de gases do Alto-Forno. Destinamos esse coproduto para a venda como matéria-prima para produção de tijolos e telhas em fábricas de cerâmica e olarias.
Particulado de Coque
Em seus diversos processos para produção do aço, preocupamo-nos em limpar os gases de todos os particulados presentes e em muitos casos os pós também são coprodutos. O Pó de Coque é resultado de alguns destes processos de despoeiramento e este sólido muito fino se transformará em coproduto na comercialização como fonte de energia para diversas indústrias, dentre elas, a cimenteiras e cerâmicas. Sua composição química conta predominantemente com carbono e cinzas.
Alcatrão de hulha bruto
O alcatrão de hulha bruto é um dos coprodutos que resulta do processamento do carvão mineral para a produção de coque, uma das principais matérias-primas da produtora de aço. É constituído essencialmente de hidrocarbonetos aromáticos, tais como benzeno, fenóis, naftaleno, cresóis, antraceno e piche. Trata-se da mais importante fonte natural de compostos aromáticos de grande importância para a indústria (mais de duzentos compostos podem ser obtidos). De uma tonelada de hulha, podem ser obtidos em torno de 30 a 50 quilos de alcatrão. A companhia vende o insumo para empresas químicas para fabricação de pasta-base para eletrodos de refino de ferroligas, como o alumínio.
Óleo Leve BTX
Ao coqueificar o carvão mineral, os gases passam por uma lavagem onde é coletado o BTX, após a separação do alcatrão. O BTX – como é comumente chamado – é também resultado do tratamento dos gases da coqueria. O BTX é um líquido amarelado quase totalmente composto de Benzeno, Tolueno e Xileno e tem cheiro característico, lembrando algumas colas de contato (“cola de sapateiro”). A ArcelorMittal Pecém comercializa para empresas que produzem derivados que são utilizados nas indústrias de solventes, tintas e plásticos.
Enxofre Líquido
A última etapa de tratamento dos gases de coqueria consegue separar o Enxofre de alta pureza, que é um sólido amarelo a temperatura ambiente, mas quando carregado em caminhões em temperaturas acima de 127 ºC apresenta-se em estado líquido. A ArcelorMittal Pecém comercializa o produto para ser usado na fabricação do intermediário Ácido Linear Alquilbenzeno Sulfônico, amplamente utilizado na indústria química como o tensoativo mais utilizado mundialmente para a produção de detergentes líquidos e em pó, dada a sua comprovada compatibilidade ambiental e excelente relação custo/benefício.
Inservíveis
A usina consome muitos insumos e materiais diferentes. Nas suas atividades de apoio, principalmente de manutenção, vários materiais são gerados. A ArcelorMittal Pecém os comercializa buscando aplicação para os materiais (óleos usados, refratários, embalagens diversas, etc.) e até equipamentos usados que já foram úteis para suas atividades e que serão reaproveitados ainda em outros processos. Os procedimentos de venda são conduzidos por uma equipe especializada que direcionam estes itens para diversos mercados.