Escolas da rede pública de São Francisco do Sul são premiadas nacionalmente no Liga STEAM 2025

Projetos inovadores com a temática sociobiodiversidade, desenvolvidos por educadores e alunos, conquistaram 2º e 3º lugares em premiação promovida pela Fundação ArcelorMittal.

Duas escolas da rede pública municipal de São Francisco do Sul foram premiadas na Liga STEAM 2025, iniciativa da Fundação ArcelorMittal que reconhece projetos inovadores desenvolvidos por educadores e estudantes de todo o país, na categoria Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. O resultado foi anunciado na última terça, dia 3 de novembro, durante o Festival LED – Luz na Educação, em Belo Horizonte (MG). O evento reuniu educadores de todo o país e teve apresentação do ator e cineasta Lázaro Ramos.

As grandes vencedoras de São Francisco do Sul foram a Escola Básica Municipal Ida Beatriz Brunato de Camargo, do bairro Majorca, que conquistou o 2º lugar com o projeto da professora Priscila Cristina Bressanini “Guerreiros do mangue: saberes locais e inovação pela sociobiodiversidade”; e o Centro Municipal de Educação Infantil Peixinho Dourado, localizado no bairro Enseada, com o projeto da professora Ana Beatriz Vieira “Menos tralha, mais tainha!”.

“Na ArcelorMittal, acreditamos que a educação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento da sociedade. Por isso, é com grande orgulho que celebramos o destaque de São Francisco do Sul na grande final do Prêmio Nacional Liga STEAM 2025. Ver as escolas da rede pública da cidade onde estamos presentes entre os melhores projetos do país é motivo de muita alegria e inspiração. Essa conquista reforça o poder transformador da educação e o talento dos nossos educadores e estudantes. Parabenizamos todos os envolvidos por contribuírem com ideias inovadoras e sustentáveis, que certamente ajudam a construir um futuro melhor para todos nós”, ressalta Fernanda Valadares, Gerente de Comunicação e Relações Institucionais da ArcelorMittal em Santa Catarina.

O projeto da professora Priscila Bressanini nasceu de uma inquietação: como unir o conhecimento da comunidade à preservação dos manguezais, bioma essencial para a vida marinha e para a cultura local? A partir dessa pergunta, os alunos do 2º ano do ensino fundamental mergulharam em uma jornada de investigação sobre o impacto das marés e a importância dos mangues para o equilíbrio ambiental. O resultado foi a criação de protótipos sustentáveis, como uma “casa e um jardim flutuante” e um “caranguejo jardineiro guardião”, símbolo da proteção ao ecossistema.

Participar de um prêmio nacional e chegar à final é motivo de grande orgulho e alegria para toda a comunidade escolar. Mesmo ainda pequenos, os alunos se sentem vitoriosos e determinados a seguir aprendendo. Que surjam cada vez mais iniciativas como o Liga STEAM, que valorizem a educação de qualidade e o poder transformador da curiosidade. Não importa o tamanho da comunidade nem os recursos disponíveis, o que realmente move a educação é a vontade de transformar o que parece inatingível em algo possível. Nossos estudantes mostraram que grandes ideias podem nascer de qualquer lugar”, contou Priscila.

Já o projeto da professora Ana Beatriz Vieira, do CMEI Peixinho Dourado, mobilizou as crianças e as famílias em torno de uma causa urgente: reduzir o lixo que chega ao mar e ameaça a vida das tainhas, símbolo da identidade cultural e econômica de São Francisco do Sul. Com criatividade, os alunos criaram pontos de coleta seletiva com QR Codes, que levam a áudios gravados pelas próprias crianças, explicando a importância da separação correta dos resíduos. Também desenvolveram mini-histórias que contam o percurso do projeto e reforçam a mensagem de preservação ambiental.

A tainha faz parte da nossa cultura e da história da cidade. A poluição afeta não só o meio ambiente, mas também famílias que têm na pesca sua principal fonte de renda. Participar do Liga STEAM foi transformador. O que mais me marcou foi o engajamento da comunidade e o brilho nos olhos das crianças ao perceberem que suas ideias podem fazer a diferença”, disse Ana Beatriz.

Ela também destacou o papel do prêmio Liga STEAM na valorização do trabalho docente: “ser professora é incrível, mas também pode ser solitário. Estar em um evento que celebra a educação inovadora e ouvir palavras de incentivo aquece o coração. Essa conquista me dá força para continuar e inspira novas práticas em sala de aula.”

Prêmio Liga STEAM

O prêmio reconhece educadores e estudantes da rede pública de todo o Brasil por projetos inovadores dentro da abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e, este ano foi realizado dentro da temática da sociobiodiversidade, em diálogo com a COP30. Mais de 1,9 mil professores de todo o território nacional participaram da seleção, que contabilizou um total de 412 projetos. A diversidade geográfica impressiona, com a inscrição de projetos de 321 municípios do país.

O prêmio destinou R$ 120 mil aos três projetos vencedores, em cada categoria. Os primeiros colocados receberam R$ 25 mil cada, valor dividido entre professores (R$ 10 mil), escola (R$ 10 mil) e estudantes (R$ 5 mil). Os segundos lugares ganharam R$ 10 mil, sendo metade para os professores e metade para a escola. Os terceiros colocados levaram R$ 5 mil, com R$ 3 mil destinados aos professores e R$ 2 mil à escola. A quantia dedicada às instituições pode ser usada em melhorias estruturais, compras de equipamentos, visitas técnicas ou atividades recreativas.

Sobre a Liga STEAM

Criada em 2022, pela Fundação ArcelorMittal, a Liga STEAM promove a adoção da abordagem STEAM nas escolas brasileiras. Trata-se de uma abordagem educacional bastante difundida em países como Estados Unidos, China, Austrália e Reino Unido. Além do Prêmio Nacional Liga STEAM, a estratégia contempla iniciativas como a formação em STEAM para todos os educadores de redes públicas de ensino; a Jornada Liga STEAM, de capacitação para o mercado de trabalho; e a criação de uma Comunidade de Educadores Liga STEAM com o objetivo de torná-los referência e promotores da abordagem em suas regiões de atuação.

Sobre a Fundação ArcelorMittal

Há mais de três décadas, a Fundação ArcelorMittal é a organização dedicada a direcionar os investimentos sociais do Grupo ArcelorMittal – maior produtora de aço do país e líder no mercado global. Com o propósito de criar oportunidades, a Fundação ArcelorMittal busca promover o impacto social positivo, por meio da educação, do esporte e da cultura. Anualmente, cerca de 450 mil pessoas são alcançadas pelas iniciativas promovidas em cidades de todo o país. Saiba mais em famb.org.br.

Unidade Vega da ArcelorMittal

Maior produtora de aço no Brasil e líder mundial, a ArcelorMittal produz soluções em aço para variados segmentos industriais. Em Santa Catarina, a Unidade Vega, localizada em São Francisco do Sul, opera há 22 anos na produção de aços leves, flexíveis, fortes e resistentes que atendem os mercados automobilístico, de construção civil e de eletrodomésticos. A Unidade é uma das mais modernas na transformação de aço do Grupo, operando com avançados processos de decapagem, laminação e galvanização.

Os investimentos na área social também são significativos, relacionamento que é reforçado por meio de apoio a projetos desenvolvidos em prol da comunidade onde a empresa atua, seja através de capacitação, inclusão ou geração de renda para os beneficiados, nas seguintes linhas de atuação: cultura, esporte, educação, saúde, meio ambiente e desenvolvimento comunitário.